AMAZÔNIA NO ESPAÇO

Satélite Tupiniquim, o Amazonia 1 será o primeiro satélite projetado e desenvolvido com tecnologia nacional. À bordo do avião B777 da Emirates, decolou às 11h48 minutos desta terça-feira (22), do aeroporto internacional de São José dos Campos (SP). Ao todo foram necessários 52 containers especiais para transportar com segurança os módulos do satélite, que pesa 638 kg e que seguirá para o destino final em Sriharikota, na Índia.

Container contendo partes do Amazônia 1. Fonte: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2020/12/satelite-amazonia-1-decola-rumo-a-cidade-de-sriharikota-na-india

Presente na coletiva realizada antes da decolagem, o diretor do INPE, Clezio de Nardin, fez questão de ressaltar que o projeto nacional beneficiará a indústria local. “Um satélite projetado e desenvolvido com tecnologia nacional, um desafio para a indústria nacional especialmente da nossa região, em São José dos Campos (SP), que abriga o polo aéreo espacial”, afirmou Nardin.

O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, ressaltou que o desenvolvimento do satélite só foi possível por uma união de forças. “O projeto foi possível devido ao esforço do ministro Marcos Pontes, com apoio da Casa Civil e do Ministério da Economia, que acreditaram e viabilizaram recursos para que fosse realizado. Não existe país do porte do Brasil, seja pela economia, seja pelo tamanho do território, seus biomas, ou o tamanho de sua população, que não tenha um programa espacial muito forte. E estamos neste caminho das nações mais desenvolvidas”, avaliou Moura.

Sobre o Satélite

Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o Amazonia-1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A. O Amazonia-1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível VIS e 1 banda próxima do infravermelho Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 64 metros de resolução.

Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Sob demanda, o Amazonia-1 poderá fornecer dados de um ponto específico em dois dias. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região.

Os satélites da série Amazonia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM), e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e transmissão de dados de imagens. A engenharia espacial do INPE/MCTI anunciou que o Amazonia 1 será lançado pela missão PSLV-C51 da ISRO, no dia 28 de fevereiro, às 10h24 da manhã, no horário local da Índia – à 01h54 da manhã no Brasil.

Evidentemente que o GRAVITON acompanhará tudo!!!!!!!!!!!!!

Fonte: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2020/12/satelite-amazonia-1-decola-rumo-a-cidade-de-sriharikota-na-india

“Congestionamento” em Marte? Saiba mais sobre as missões em curso até o planeta vermelho.

É comum notarmos no dia a dia das grandes cidades (mesmo em plena pandemia de covid19) alguns pontos de maior movimento de veículos, que, em alguns casos, formam os “congestionamentos”. Pois bem, isso não é novidade para nós, meros terráqueos, levando-se em conta a gigantesca quantidade de veículos e seres presentes no planeta.

E se dissesse a você, caro leitor, que ao longo desse ano, teremos um “congestionamento” no planeta Marte, você acreditaria?

É isso. Por ser um planeta que impõe certa dificuldade à sua visitação, fato comprovado pelas diversas tentativas frustradas de pouso ou mesmo de se colocar alguma sonda orbitando o planeta vermelho, a iminência da chegada de algumas missões trará um relativo congestionamento de pesquisas e ideias para a exploração desse magnífico planeta. Aqui daremos destaque às missões Mars 2020, Hope Mars e Tianwen-1, lançadas ainda no ano passado, aproveitando um trajeto mais rápido até Marte (possível a cada 2 anos, época de boa aproximação entre os 2 planetas).

MISSÃO HOPE MARS (Lançada pelos Emirados Árabes Unidos em 19 de julho de 2020). O Objetivo: estudar o clima marciano. A Hope chegou recentemente em órbita marciana com uma manobra autônoma, sem depender de comandos enviados aqui da Terra, e permanecerá ao redor de Marte para coleta de dados.

MISSÃO TIANWEN-1 (Lançada pela China no dia 23 de julho de 2020). Objetivo: estudar a geologia marciana, além de investigar mais sobre o que pode haver abaixo da superfície do planeta. Uma sonda orbital, um módulo de pouso e um rover, estudarão o Planeta Vermelho.

MISSÃO MARS 2020 (Lançada pelos EUA no dia 30 de julho de 2020). Objetivo: o principal objetivo da Perseverance é buscar por bioassinaturas (sinais que poderiam apontar vida em Marte), na cratera Jezero, através da coleta de amostras do solo. Além do rover Perseverance, há o helicóptero Ingenuity (ambos foram no foguete Atlas V) da United Launch Alliance. O Ingenuity, testará a capacidade de voo em outro planeta.

Imagem: NASA/JPL-Caltech

O Graviton como sempre acompanhará atento a chegada das demais missões. Essa “corrida espacial” ainda trará até nós muitas novidades, e logicamente que as compartilharemos com todos vocês!

P.S. O site https://mars.nasa.gov/mars2020/ traz bastante informações a respeito da missão MARS2020, inclusive a contagem regressiva para a chegada da sonda em Marte. #countdowntomars

A ciência na busca do bem mais valioso que a humanidade possui: Água.

Em tempos de racionamento (de comida, energia, água, etc.), mudanças climáticas bruscas e da busca por dispositivos que possam minimizar possíveis impactos, a ciência resolve colocar-se como alternativa através de mais um grande projeto: o Projeto SPHEREx (“Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos”). Trata-se de um Telescópio que possui a capacidade de observar o céu inteiro na frequência do infravermelho, usando uma técnica chamada espectroscopia para fracionar a luz do infravermelho próximo em seus comprimentos de onda individuais – ou cores – tal como a decomposição da luz ao passar através de um prisma.

Telescópio SPHEREx (em corte) [Imagem: JPL/Nasa]

Dados de espectroscopia podem revelar do que um objeto é feito, uma vez que os elementos químicos individuais absorvem e irradiam comprimentos de onda específicos de luz. A técnica também pode ser usada para estimar a distância de um objeto da Terra. O projeto SPHEREx possui 3 objetivos principais: buscar indícios da inflação cósmica, estudar a formação das galáxias, e por fim encontrar gelo de água e moléculas orgânicas congeladas – os blocos de construção da vida na Terra – em torno de estrelas recém-formadas em nossa galáxia. Vamos acompanhar mais essa aventura!!!!


14/12/2020: O Eclipse Total do Sol.

Em um ano marcado pelo distanciamento social oriundo da pandemia de Covid19, os fenômenos astronômicos ganharam força, funcionando como verdadeiras “válvulas de escape” para um dia-a-dia tão modificado. Um destes será o Eclipse Total do Sol, que ocorrerá no dia 14 de dezembro de 2020.

Basicamente, um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, ocultando total ou parcialmente a sua luz numa estreita faixa terrestre. Do ponto de vista de um observador fora da Terra, a coincidência é notada no ponto onde aponta o cone de sombra risca a superfície do planeta.

Eclipse solar. Como funciona um eclipse solar? - Brasil Escola
Imagem: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/eclipse-solar.htm

Para uma observação segura, seguem aqui algumas recomendações importantes:

Olhar diretamente para o Sol com a proteção ocular adequada: considere Binóculos e Telescópios com filtros especiais seguros (se possível sob supervisão competente, preferencialmente de um astrônomo profissional ou amador experiente). Deve-se evitar o uso de radiografias ou óculos escuros (pois não oferecem proteção UVA nem UVB) devido o risco de danos à visão em decorrência do brilho excessivo do Sol (e não do eclipse em si). Pode-se fazer esse tipo de observação via projeção indireta, onde se projeta a imagem do Sol numa folha de papel ou cartão (ou qualquer outro anteparo adequado).

O site https://www.eclipsesolar2019.cl/eclipse/mapa-del-eclipse-2020/ traz uma contagem regressiva para o fenômeno, que poderá ser visto no Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, e na maior parte do Brasil. Estaremos de olho!

Por: Jussiê Soares (Graviton-IFMA)

O Graviton convida você a ver a “Estrela de Belém”.

O Natal é uma época simbólica que costuma trazer a abordagem de diversos aspectos, sendo os bíblicos e humanísticos os mais debatidos. Pois bem, saibam que faremos aqui uma abordagem que escapará do que é de costume: uma abordagem científica. No caso, falaremos da famosa “Estrela de Belém”, também conhecida como “Estrela de Natal” ou “Estrela Guia”, que costuma ser destaque no que diz respeito à sua importância religiosa para a humanidade, pois teria revelado o nascimento de Jesus aos 3 Reis Magos e teria os guiado até Belém.

Pois bem, para alguns cientistas, o que ocorreu à época (a observação do ponto extremamente brilhante no céu) pode ter sido resultado da visualização do Cometa Halley, outros, de uma ocultação de Júpiter pela Lua. São diversas as tentativas de se explicar a origem da “Estrela de Belém”, o que amplia a imaginação de estudiosos das diversas áreas do conhecimento.

Segundo alguns cientistas, será possível observar uma das possibilidades para a ocorrência do fenômeno em destaque: Tal estrela seria resultado de um alinhamento entre 2 planetas do Sistema Solar: Júpiter e Saturno. Não é incomum a ocorrência desse tipo de conjunção (costuma ocorrer a cada 20 anos), no entanto, a aproximação que acontece em dezembro, é excepcionalmente rara, pois a última vez em que eles estiveram tão próximos foi no ano de 1226.

A estrela de Natal? Júpiter e Saturno vão formar o primeiro "planeta duplo" visível em quase 800 anos
Imagem: https://www.dn.pt/vida-e-futuro/a-estrela-de-natal-jupiter-e-saturno-vao-formar-o-primeiro-planeta-duplo-visivel-em-quase-800-anos-13109179.html
Qual o significado da estrela do Natal? Ela era realmente uma estrela?
Imagem: https://osr.org/pt-br/blog/dicas-presentes/estrela-do-natal

O fato é que, independentemente da real história da Estrela de Belém, nós do Graviton estaremos de olho em mais esse importante fenômeno da natureza, que ocorrerá entre os dias 16 e 21 de dezembro, em horizontes abertos, após o pôr do sol. Portanto, de olho no céu, nobres curiosos!!!!!!

Texto: Jussiê Soares (Graviton – IFMA)

Vida extraterrestre? A aposta da vez é VÊNUS.

O ser humano, na busca incansável por evidências de vida fora do planeta Terra, agora tem mais uma possibilidade: a de vida extraterrestre no planeta Vênus. Ao menos é o que dizem alguns dos cientistas que atuaram na pesquisa intitulada “Phosphine gas in the cloud decks of Venus”, publicada na revista Nature Astronomy. A pesquisa aponta a descoberta do gás fosfina na atmosfera de Vênus: trata-se de um composto que existe também na atmosfera terrestre, e que é produzido por micróbios anaeróbicos (que não precisam de oxigênio) ou pela atividade industrial. Em Vênus, os cientistas acreditam que ele pode ter origem em processos fotoquímicos ou geoquímicos desconhecidos. Os cientistas destacam que não conseguiram identificar a fonte. “Há duas possibilidades: pode haver alguma reação completamente desconhecida que está criando fosfina em Vênus, ou, a mais excitante, pode ser vida”, explicou William Bains, pesquisador do MIT.

Planeta Vênus Créditos: NASA/JPL-Caltech

Evidentemente que esse tipo de descoberta sempre empolga a todos nós amantes das ciências da natureza. No entanto, os cientistas deixam claro que outras observações de Vênus são necessárias para explorar a origem da fosfina na atmosfera do planeta. Segundo Sara Seager – MIT, a equipe está procurando por sinais de vida em exoplanetas, e por gases que não esperamos que estejam lá, e há muitas missões em busca de potenciais sinais de vida em nosso Sistema Solar. Além disso, a astrônoma espera que a descoberta motive futuras missões focadas em Vênus, planeta que estava praticamente esquecido pela comunidade científica.


A Astronomia brasileira em luto: o falecimento de João Steiner

É com profundo pesar, que o Graviton Scientific Society (GSS), comunica o falecimento de João Steiner (1950 – 2020). Graduado em física pelo Instituto de Física da USP (1973), cursou o mestrado e o doutorado em Astronomia na mesma universidade. Fez estágio de pós-doutorado no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Estudava astrofísica estelar e núcleos ativos de galáxias. Steiner foi secretário-geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocupou a Secretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e dirigiu o IEA de 2004 a 2007. O grupo GSS se solidariza com familiares, amigos e alunos.

Doutor João Steiner. Fonte:
Telescópio Gigante Magalhães

Mars 2020 – Lançamento do “Perseverance”

Visando ampliar seus estudos e descobertas, a NASA vai em busca de mais uma façanha: o envio de mais um Rover à Marte. Trata-se do “Perseverance” ou “Perseverança”, nome escolhido após ampla consulta. A sugestão do nome vencedor veio de Alexander Mather, aluno da sétima série de uma escola do Estado da Virgínia. Sua sugestão foi a escolhida entre 28 mil inscrições feitas por estudantes dos EUA. Outros nomes como Endurance, Promise, Vision, Clarity, Courage também foram cotados.


Rover Perseverance à bordo da sonda MARS 2020 (imagem ilustrativa) Créditos: NASA

A sonda Mars 2020 com seu Perseverance Rover será lançada em um foguete do tipo Atlas V-541, a partir do Complexo de Lançamento 41 na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida. O Atlas V é um dos maiores foguetes disponíveis para vôos interplanetários. Este é o mesmo tipo de foguete que lançou o InSight e o Curiosity to Mars. O veículo de lançamento é fornecido pela United Launch Alliance, Centennial Colorado. A primeira oportunidade de lançamento começa entre 4h50 PDT / 7h50 EDT em 30 de julho. O período de inicialização é de aproximadamente três semanas, de 30 de julho a 15 de agosto. A duração da janela de inicialização diária varia de dia para dia. As janelas de lançamento duram aproximadamente duas horas, com uma oportunidade única de lançamento a cada cinco minutos. Logicamente que nós do Graviton acompanharemos de perto o evento. O link a seguir traz uma contagem regressiva para o lançamento, bem como outras informações para que você fique por dentro de cada passo da missão, além de detalhes gerais a respeito da missão. Go to Mars!!!!!!!!!

https://mars.nasa.gov/mars2020/

INFORMAÇÕES GERAIS:

Mission Name: Mars 2020 Rover

Name: Perseverance

Main Job: The Perseverance rover will seek signs of ancient life and collect rock and soil samples for possible return to Earth.

Launch Window: July 30 – Aug. 15, 2020

Launch Location: Cape Canaveral Air Force Station, Florida

Landing: Feb. 18, 2021

Landing Site: Jezero Crater, Mars Mission

Duration: At least one Mars year (about 687 Earth days)

Tech Demo: The Mars Helicopter is a technology demonstration, hitching a ride on the Perseverance rover.

Fonte: NASA

O LaTeX e a escrita científica

Escrever um texto/artigo científico requer certos cuidados, pois servirá como ferramenta de comunicação entre cientistas e a sociedade. É importante manter a precisão da informação ao mesmo tempo em que se deve tornar o texto acessível a um público não especializado. Nesse sentido, a escrita de um artigo científico, em particular, deve obedecer a critérios predeterminados pelos periódicos, revistas, anais de eventos, dentre outros, o que exigirá certa “familiaridade” com a formatação do texto em si.

Existem algumas ferramentas de texto (Word, WPS Office) dentre outras, que contemplam a maioria das exigências de edição, no entanto, podem também gerar bastante dor de cabeça devido à limitações inerentes aos softwares. Uma opção a essas dificuldades é o LaTeX (https://www.latex-project.org/). Trata-se de uma poderosa ferramenta para a elaboração de textos, livros, artigos diversos, de alta qualidade, incluindo recursos projetados para a produção de documentação técnica e científica. O LaTeX é o padrão, de fato, para a comunicação e publicação de documentos científicos (cabe lembrar que os periódicos e revistas de impacto relevante disponibilizam regras de edição no LaTeX). Constitui um conjunto de macros para diagramação de textos TeX, utilizado amplamente na produção de textos matemáticos e científicos, devido a sua alta qualidade tipográfica. Além disso, está disponível como software livre, o que é extremamente importante!

Exemplo de texto em TeX (Fonte: Wikipédia)

Para iniciar os trabalhos com o LaTeX,

  1. Acesse MiKTeX e baixe o instalador adequado ao sistema utilizado;
  2. Instale o MiKTeX;
  3. Acesse TeXstudio e baixe o instalador do editor TeXstudio;
  4. Instale o TeXstudio.

É muito fácil encontrar materiais voltados ao trabalho com o LaTeX. Os links a seguir trazem alguns tutoriais para melhor compreensão. Boa leitura!
https://www.latex-project.org/
https://www.latex-tutorial.com/tutorials/
https://www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/apostilas/LaTeX.pdf
http://www.docs.is.ed.ac.uk/skills/documents/3722/3722-2014.pdf
http://www.ufscar.br/jcfogo/Latex/MC_Tex_2014.pdf


Por Jussiê Soares

PASSAGEM DO COMETA NEOWISE

Sempre é bom apreciar as maravilhas do Universo, ainda mais quando são, de certa forma, raras de se ver: um exemplo é o C/2020 F3 (NEOWISE) ou “Cometa Neowise”. Foi descoberto em 27 de março de 2020 pelo telescópio espacial NEOWISE (daí o nome). Trata-se de um objeto de aproximadamente 5 km de diâmetro, viajando a 231.000 km/h, com órbita retrógrada, de longo período (aproximadamente 6.800 anos), e trajetória praticamente parabólica. Para o Brasil, durante os próximos dias, mais especificamente a partir do dia 22 de julho de 2020, estará com boa magnitude e a uma distância aproximada de 103 milhões de km da Terra, podendo ser observado à vista desarmada (“olho nú”, em locais extremamente escuros e sem poluição visual), ou através de instrumentos tipo binóculos, lunetas, telescópios, etc., sempre ao Noroeste, próximo ao pôr do Sol (este último, tão belo quanto a passagem do cometa!!!!!).

Créditos: @NASASOLARSYSTEM

Cabe salientar que, para uma boa observação, é bom ficar atento a algumas dicas, tais como procurar um horizonte limpo, sem obstáculos tipo edificações, ou até mesmo se afastar da cidade, visando o mínimo de poluição visual, e tomando os devidos cuidados com o distanciamento social (afinal de contas, estamos atravessando uma pandemia!!!). Ferramentas computacionais (softwares ou aplicativos) tais como o Skywalk, Starchart ou Stellarium podem ajudar bastante.

Por Jussiê Soares (GSS)